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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Tese da Continuidade

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Alguns termos neste texto serão utilizados sem que eu recorra à explicação dos mesmos. Como este novo post segue uma linha quase continuista de análise os interessados podem recorrer a dois outros textos redigidos anteriormente sobre questões que estavam mais relativas ao PT e que foram publicados enquanto ainda era filiado a este partido.

O primeiro: Trincheira PTista, atuações mercenárias; o segundo: Aliança dos homens e o rumo das estrelas

Basicamente, apontava no último deles que a aliança PT-PMDB só se daria por mais uma década por considerar esse período o auge da consolidação da hegemonia para então transição a modelos de Estado, sociedade e produção divergentes entre os dois partidos que não sustentariam mais a aliança.

Após as eleições de 2014 algumas considerações precisaram ser refeitas na linha geral de raciocínio para atuação e mobilização, pois, de fato, o prumo do pensamento é a história e sua materialidade e não o inverso, então a teoria é que deve estar constantemente sendo atualizada para que possamos dar conta de realizar a práxis adequada.

Sendo um ponto de vista baseado na teoria do italiano Gramsci tenho como ponto de referência de realidade de transformação a Bolívia após chegada ao poder do popular Evo Morales e a teoria desenvolvida pelo também Gramsciano Garcia Linera - o vice presidente.

Pois bem, sintetizando, a construção da hegemonia nas sociedades democráticas passa pela ocupação do poder Executivo, a eleição de maioria no Legislativo e, então, a possibilidade de reforma do Judiciário. Tudo isso, para que a sociedade política possa ser um reflexo da totalidade do conjunto social nos marcos do capitalismo e não somente uma usurpação de poder de uma fração poderosa e pouca representativa do todo nacional.

A primeira etapa necessariamente é o poder Executivo por este tratar do imediato dos indivíduos, portanto, é onde o Estado tem a capacidade de realizar-se na relação direta para com a sociedade civil. A passagem para a segunda etapa de acordo com Linera se dá pelo tencionamento das relações sociais pela democratização do acesso ao Estado conduzindo tais relações a um clímax que na Bolívia se deu pela tentativa de independência da província mais rica do país, Santa Cruz.


De maneira geral os países da América Latina que passaram e passam pela experiência da democratização do Estado pela tomada do poder por coalizões populares e de centro/esquerda a sequência de acontecimentos tem sido bastante semelhante, o que só reforça a análise de Garcia Linera. De minha parte, porém, errei ao apontar as eleições para os governos dos estados como o lugar para a concretização do clímax do tencionamento das relações, pois acreditava que o poder Legislativo seguiria a tendência já averiguada desde sua refundação pós 88 de crescimento linear da representação legislativa das bancadas de centro e esquerda.

Uma observação é importante de ser feita antes: no campo em militância para reeleição de Dilma este ano pairou certa dúvida quanto ao crescimento da bancada de esquerda - principalmente -, pois as ruas estavam tomadas de publicidade de partidos de aluguel e os de viés conservador; além destes partidos terem dado a largada com muita eficiência para as ruas em sua propaganda assim que a mesma fora liberada pela lei eleitoral.

Como a experiência de blindagem interna em relação às políticas públicas do governo federal promovida pelo PSDB em São Paulo mais o monopólio deste partido sobre os meios de comunicação asseguraram até então sua continuidade no poder, apontei como sendo os estados o lugar para a realização do clímax já referido.

Ledo engano como demonstrou os resultados das eleições neste 2014. O lugar do clímax, de fato, é o poder Legislativo e por três razões: a) não é possível separatismo no Brasil; b) os estados são por deveras heterogêneos para servirem como trincheiras avançadas e c) quem de fato tem poder de destituir a presidência e impedir a realização de seu governo é o poder Legislativo.

Simples assim!

Também ingênuo da minha parte foi adotar a mesma medida de tempo de maturação do processo de consolidação da hegemonia dos outros países latino-americanos. Somos um país maior, mais denso, com população maior e marcados por algumas experiências muito severas como a escravidão, o Império e as ditaduras para constituir uma sociedade civil democrática em tão pouco tempo.

A aliança PMDB-PT como perspectiva ‘nacional’ de conjunto na luta pela libertação das forças sociais logrou sucesso e o momento de clímax vem se delineando no horizonte, portanto é clara a cisão da sociedade mais ampla em blocos de força. E aí corrijo um apontamento feito: nesse cenário a hegemonia deverá ser necessariamente uma construção dos dois partidos e não só do PT, pois se não o for assim corremos o risco de a infraestrutura cair em mãos de meros especuladores pouco interessados para com o desenvolvimento nacional inclusivo e para com a democratização das sociedades política e civil, pois o clímax se realiza dentro da própria estrutura do Estado e seus poderes e não como uma arremetida externa como são os casos de Bolívia e Venezuela.

Um adendo é que alguns poderiam dizer que ao PMDB não interessa esta construção pelo fato de ser um partido de centro, logo passível de se adequar ao poder seja em que face tenha. Discordo, pois desde a redemocratização e em especial nos últimos 12 anos este partido tem assumido a corresponsabilidade deste processo de desenvolvimento inclusivo com democratização do Estado e seus poderes (pluralização) e retroceder é autoexplicativo!

Daí, para finalizar, que tendo em vista o adiamento da construção de uma maioria mais sólida e significativa deste bloco de força no poder Legislativo e tendo o mesmo se convertido na trincheira de tentativa contra-hegemônica a estratégia que defendo, a partir da reeleição de Dilma Rousseff e Michel Temer, é permanecermos em aliança pelos próximos 20 anos. Ou seja, a expectativa de aliança aumenta em uma década.

E como fazer? Construirmos a sucessão de Dilma-Temer através de Fernando Haddad (PT) e Josué Alencar (PMDB). O primeiro mandato para Haddad, o segundo para Josué, o terceiro para Haddad e e o quarto, por fim, para Josué. Assim, estaríamos garantindo uma estratégia eficaz paras as próximas disputas de maneira a ter total clareza da importância desse bloco em aliança como o único capaz de estar no controle da infraestrutura e os investimentos que o pré-sal gerará sobre a mesma e também, com a tática, estaremos resolvendo a questão banalmente alardeada pela mídia corporativa: a alternância. 

Com isso garantimos três coisas muito importantes: a reoxigenação do PT ao estar fora da presidência por um mandato, a satisfação do PMDB em ser a cabeça por um mandato e a mais importante, que seja, a garantia de agirmos no sentindo de sermos hegemônicos na liderança do processo de desenvolvimento inclusivo acompanhado de democratização do Estado e seus poderes para alcançarmos um capitalismo desenvolvido e livre das heranças tão hediondas da oligarquia econômica.

Sem dúvida este não é um receituário pois as contingências e a história são maiores, mas é sempre importante estarmos atentos e firmes, além de conscientes das táticas e estratégias a adotar no curto, médio e longo prazos! E assim estará pautada minha militância e atuação para os próximos períodos.

Achou acirradas as eleições de 2014? Espera 2018! Só não se preocupem que após consolidada a hegemonia a tendência é a de readequação das forças sociais num escopo de maior coesão e civilidade.

Observação: recomendo a leitura de Guerra de Todos Contra Todos neste mesmo blog! :* 
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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Fetiche Pela Pobreza

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Quando o governo Dilma Rousseff e Michel Temer lançou o slogan 'Brasil: país rico é país sem pobreza' comemoramos o novo governo focar esforços na erradicação da pobreza, para tanto, o movimento foi encabeçado pela servidora pública e política com os melhores números da administração pública no Brasil e por um dos maiores constitucionalistas e políticos de até então.

Pois bem, para um país globalizado como o nosso, ou pelo de classe média e alta globalizadas, erradicar a pobreza parecia um sinal de amadurecimento e como o Brasil foi lançado aos olhos do mundo pelo governo do estadista Lula já não era a mesma coisa frequentar o jet set parecendo cada vez mais uns caudilhos na manutenção de uma ordem social que prezava sempre pela exclusão.

Vejamos: o que faz do rico ser rico é o pressuposto da exclusividade. Mas, não como vinha sendo feito até então no Brasil. Não que os estrangeiros liguem, muito menos a burguesia local, mas ficou vergonhoso demais, pois o governo popular de Lula deu holofote a uma massa de famintos esquecidos por 500 anos de exploração. E quando iluminamos o abismo que nunca viu luz: luz para todos!

Assim ficou anticivilizatório tanta pobreza, ainda mais quando fomos os últimos a dar fim à escravidão. E aqui está um ponto que podemos chamar de: chave de nossa história.

A escravidão modelou um arranjo social da ordem e desprezo de uns sobre os outros pelo simples fato de uns serem senhores e os outros serem escravos. O hábito do mando foi sendo moldado e repassado numa sociedade rural e patriarcal baseada na desigualdade e hierarquia. Assim, findada a escravidão o que restou foi o gozo pelo castigo alheio através da manutenção de certo status quo, pois nunca houve transição da tragédia prevalecendo o discurso da meritocracia para justificar o que antes já não era justificável pelo simples fato de uns serem senhores e os outros serem escravos.

Ou seja, na ausência de racionalidade que nos conduzisse à superação da pobreza o que sobrou foi o inverso, que seja o fetiche pela pobreza. Pois assim e somente assim alguns ainda podiam realizar a luxúria de brincar de senhor e escravo.

Não são 50 tons de cinza, mas eram 500 anos de S&M!

Até ontem.

Com o slogan 'Brasil: um país de todos' Lula logrou dar atenção aos mais variados setores deste país fazendo um mix capaz de atender as demandas de atenção dos mais ricos aos mais pobres, com especial atenção ao último grupo. Na virada para o governo Dilma, porém, a coisa mudou de cor e ficou claro que o conteúdo que diz respeito ao 'rico' do novo slogan não seria deturpado, quando na verdade investido, como vimos nos investimentos estratégicos realizados no conjunto da economia pelo governo, e que o 'sem pobreza' seria o grande o mote.

E tem sido e ainda mais surpreendente [para os inocentes, pois quem conhece a dupla de governantes deve reconhecer a eficiência que marca a trajetória de ambos] é que nunca na história deste país tivemos a chance de em tão pouco tempo erradicar a pobreza. E aí deu caroço, pois onde se realizaria o fetiche pela pobreza de uma sociedade que nunca fez transição dos seus traumas?

Para estes conservadores a candidatura Marina Silva apareceu como um bote capaz de catalisar os anseios de breque sobre tantas transformações, haja vista erradicar a pobreza ser bom para a imagem no jet set, mas não tanto para o convívio num contexto de mais igualdade.

A acriana caiu como uma luva [ou foi o avião?] por representar alguma tentativa maior de ocupar o poder central e acabar em definitivo com a história de transformações pois nos estados já estava consolidado o movimento de fortalecimento de candidaturas reacionárias para que estes tentem assegurar impedir o reflexo em profundidade dos avanços do trator contra a pobreza além de servirem como bastiões contra o empoderamento na base fomentado pelas políticas públicas do governo representado no slogan 'Brasil: país rico é país sem pobreza'.

Em suma, gente mal resolvida que ainda terá que lidar por pelo menos mais quatro anos com a impetuosidade de um governo técnico, eficiente, bom, apaixonado por suas razões e que vai continuar no esforço sem recuo de construir um Brasil cada vez mais igualitário e justo onde os fetiches serão para apimentar a foda e não a razão de ser de uma sociedade. Ao contrário deles, não reformamos a senzala, abolimos ela!

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Dilma Presidenta e Michel Temer vice. #13
#BeijinhoNoOmbroPrasInimiga 
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